Na manhã do dia
29/11/2018 o Santo Padre recebeu, na Sala Clementina do Palácio Apostólico, os
juízes, advogados e colaboradores do Tribunal da Rota Romana por ocasião da
inauguração solene do Ano Judicial.
O discurso do Papa teve a consciência
como ponto central. Francisco destacou que as atividades dos Tribunais se
distinguem de tal modo que se expressam também como ‘ministério da paz das
consciências e devem ser exercidos com toda a consciência’.
O Pontífice recordou que “a consciência tem
um papel decisivo na exigente decisão que os noivos devem enfrentar para
acolher e construir a união conjugal e, portanto, a família, segundo o projeto
de Deus”.
O Papa Francisco
recomenda que constantemente seja invocada a ajuda divina para que com
humildade e moderação se alcance a importante missão confiada à Igreja,
estabelecendo assim a conexão entre a certeza moral, que o juiz deve alcançar ex actis et probatis, e o âmbito da sua
consciência, conhecida unicamente pelo Espírito Santo.
Todavia,
o Papa pediu que este processo não seja
“burocrático” e que seja marcado pela “busca da verdade”, a fim de que a
eventual declaração de nulidade signifique “uma libertação das consciências”.
O Santo Padre aconselhou que haja um esforço no sentido de se promover um
“catecumenato matrimonial visto como itinerário indispensável para que jovens e
casais revivam a sua consciência cristã amparada pela graça dos dois
sacramentos: batismo e matrimônio”.
A Igreja “reconheceu a necessidade de
convidar todas as pessoas que trabalham na pastoral matrimonial e familiar a
uma consciência renovada da necessidade de ajudar os noivos a construir e
cuidar do íntimo santuário de sua consciência cristã”.
“É mais necessário do que nunca ter uma experiência contínua de fé, de
esperança e de caridade a fim de que os jovens possam optar novamente, com uma
consciência segura e tranquila, pela união conjugal aberta ao dom dos filhos e
à alegria para Deus, para a Igreja e para a humanidade”.
Destacando, assim, a urgência e a importância
da ação pastoral de toda a Igreja “para a recuperação, a proteção, a custódia
de uma consciência cristã iluminada pelos valores evangélicos” “que exige
aos Bispos e presbíteros que trabalhem incansavelmente para iluminar,
defender e sustentar a consciência cristã das pessoas”.
Conclui o Pontífice que “a fé é a luz que
ilumina, não só o presente, mas também o futuro, são o matrimônio e a família,
o futuro da Igreja e da sociedade. É necessário promover um estado de
catecumenato permanente a fim de que a consciência dos batizados permaneça
aberta à luz do Espírito”.
Fonte: Portal Paraclitus
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George Magalhães
Canonista, Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas.
Autor do livro Introdução ao Processo de Nulidade Matrimonial. Curitiba, Editora Prismas, 2015.
Canonista, Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas.
Autor do livro Introdução ao Processo de Nulidade Matrimonial. Curitiba, Editora Prismas, 2015.
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