"A Igreja do Verbo Encarnado se 'encarna' nos assuntos tristes e nos sofrimentos das pessoas, se inclina perante os pobres e que estão longe da comunidade eclesial ou se consideram fora da mesma por causa de seu fracasso conjugal", disse o pontífice.
No entanto, segundo Francisco, "estas pessoas são e continuam incorporadas em Cristo em virtude de seu batismo", e concerne aos pregadores "a grande responsabilidade (...) de não considerá-las jamais estranhas ao Corpo de Cristo, que é a Igreja".
"Estamos chamados a não excluí-las de nossa ânsia pastoral, mas a nos dedicarmos a elas e a sua situação irregular e seu sofrimento com toda premência e caridade", defendeu.
O papa já abordou esta questão em sua exortação após o Sínodo de Bispos para a Família, na qual apoiou o acompanhamento aos sacramentos, discernindo caso por caso, nas situações familiares irregulares, como os divorciados que voltaram a se casar.
Em setembro de 2015, Francisco introduziu uma reforma do processo de nulidade matrimonial, competência da Rota, e estabeleceu um procedimento mais breve e gratuito para consegui-lo.
Hoje, Francisco visitou os bispos que participam de um curso na Rota Romana sobre este novo processo matrimonial e lhes pediu para "eliminar com decisão cada impedimento de caráter mundano que dificulte a vários fiéis o acesso aos tribunais eclesiásticos".
"Questões de tipo econômico e organizacional não podem constituir um obstáculo para a verificação canônica sobre a validade de um casamento", ressaltou.
Fonte: Site Terra - 18 de novembro de 2016
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