Aparecida terá novo Arcebispo



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Para o lugar do cardeal, em Aparecida, o papa Francisco nomeou dom Orlando Brandes, atual arcebispo de Londrina (PR). Os dois arcebispos foram comunicados há um mês sobre a decisão e puderam trocar informações entre eles, mas tiveram de manter segredo sobre ela até esta quarta-feira, 16, quando o Vaticano divulgou a notícia.





Dom Raymundo ficou 13 anos no cargo e deixará a função em janeiro; dom Orlando será o substituto

Após 13 anos como arcebispo de Aparecida, o cardeal Raymundo Damasceno Assis vai se aposentar em janeiro do ano que vem.

O papa Francisco aceitou o pedido de renúncia feito por ele em fevereiro de 2012, quando completou 75 anos, conforme prevê o direito canônico. Aos 79, dom Damasceno foi nomeado o quarto arcebispo de Aparecida em janeiro de 2004, sucedendo dom Aloísio Lorscheider, que morreu em 2007.


“Aceitei a nomeação com grande confiança na graça de Deus e pretendo assumir Aparecida com a melhor disposição para dar continuidade ao trabalho de d. Damasceno, um homem de grande importância na América Latina e no Vaticano”, disse d. Orlando. A posse será em 21 de janeiro.

Resultado de imagem para "orlando brandes"Catarinense da cidade de Urubici, onde nasceu em 13 de abril de 1946, d. Orlando fez o curso de Filosofia em Curitiba e estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma, onde se especializou em Teologia Moral. Nomeado bispo de Joinville, em 1994, foi promovido a arcebispo de Londrina em 2006. Concentrou suas atividades pastorais no setor da família e tomará posse do cargo em 21 de janeiro de 2017.


Até lá, dom Damasceno seguirá como administrador apostólico da Arquidiocese de Aparecida. Ele nasceu em Capela Nova (MG), em 15 de fevereiro de 1937, e se tornará cardeal e arcebispo emérito dias antes de completar 80 anos, idade limite para os cargos da Igreja Católica.

Com bom humor, dom Damasceno disse que voltará a Brasília. Foi na capital do país que ele viveu mais de 40 anos da sua carreira na Igreja Católica, que começou em 1955.

“Meu desejo é voltar onde estive como primeiro seminarista e no clero, em Brasília. Fui para lá em 1960 e vocês não têm ideia do que era aquilo lá, só tinha trator e poeira”, contou o cardeal, em entrevista no Santuário Nacional.

AGRADECIMENTO/ Damasceno divulgou uma mensagem de agradecimento dizendo ser “um privilegiado” por ter trabalhado em Aparecida e que se considera “com a missão cumprida”. Ele também desejou sucesso a dom Orlando, a quem disse “conhecer muito bem”.

“Ele pregou retiro para o clero de Aparecida em 2008, e participou duas vezes da novena de Nossa Senhora. É experimentado e virá para Aparecida como quinto arcebispo. Meus votos para que o ministério dele seja frutuoso”, disse.

O cardeal contou que apostou na confiança de sua mãe depois de ser indicado, pelo então papa João Paulo 2º, para se tornar arcebispo de Aparecida. “O que me deu confiança foi Aparecida ser a capital da fé mariana no Brasil, mas as orações da minha mãe me ajudaram. Ela disse que rezou para eu vir para cá. Ela achava que o melhor lugar para eu vir era aqui.”

Entre as melhores lembranças do seu trabalho, Damasceno citou a visita de dois papas a Aparecida: Bento 16 em 2007 e Francisco, em 2013, além de ter sediado a 5ª Conferência do Episcopado da América Latina, em 2007.

“Estou contente, me sinto realizado. Aqui não me esforcei em vão. Todos somos pecadores e precisamos do perdão de Deus e dos irmãos e irmãs, e peço perdão pelos meus erros. Agradeço a Deus por tudo que pude realizar”, afirmou.

Damasceno, que se tornará cardeal e arcebispo eméritos, contou que manteve uma agenda diária de tudo o que fez nestes quase 13 anos. “Tenho muita coisa para escrever”, disse ele. “Não tenho segredos. Tudo o que fiz está anotado nas agendas”.

Isto é

Gazeta de Taubaté

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